September 28, 2004

Vazio

Posted by Hello


Este acabou.... peço outro?

September 26, 2004

Presença


As palavras insistem em querer expressar aquilo que sinto... embora especias são escassas aquelas que conseguem traduzir a plenitude que me corroi quando te olho nos olhos... Sabes que a tua presença me afecta, sabes que mudo a rota do mundo e mudo as consciências que fossilizadas se podem agora moldar devido á tua existência. Se te tornas o centro da minha contemplação tens medo... se te tornas uma ausência para mim choras.Porquê tanta dúvida? Porquê tanto medo do não pensamento?....Procuro respostas em ti... e lentamente vou conseguindo obter estimulos que tento interpretar. É dificil precorrer o que sentes porque me fascinas, me confundes com os gestos doces e subtis, com o olhar desprendido da realidade como quem olha no infinito em busca daquilo que nunca conseguirá alcançar... será que sou eu? será que estou no infinito para ti? Tremo em pensar... Esforça-te! Alcança-me! Grita! Magoa-me! Mas prova que eu existo para ti e que nao estou longe de ser teu! .... (silêncio) ....(silêncio).... fico exausto... fico com a respiração descontrolada quando penso em ti longe.... não vás! não entres nesse caminhos distantes! quebra barreiras! aproxima-te.... (ar)...(ar)...(ar)....peço-te.... respira-me! absorve-me e torna-me único!Tremo em pensar...Quero-te olhar sem pressão, quero sentir-te sem constrangimento... será pedir muito? será que para o ser humano tudo tem de ser complicado? será dificil evitar o pensamento, evitar o som, evitar o mundo e viver.... viver com a tua presença apenas... (sorriso)...(sorriso)...Quando faço o esboço do teu sorriso o papel que á pouco nada valia, torna-se num precioso elemento da tua presença em mim... respiro-o e observo-o sem demora. Tens esta capacidade de afectar os elementos.... transformas o fogo em água, baralhas as leis da natureza e as leis da lógica... deixas-me cansado... confuso ... exausto... Quero-te!Doi-me o corpo, preciso de restabelecer a ordem ... sinto-me o caos.... tudo depende de ti e da forma como queres que a tua presença seja em mim.... cansado eu vou.... mas antes repito ...(Quero-te!)...(Quero-te!)...

(silêncio) ....(silêncio)....

.... (ar)...(ar)...(ar).... . .. (sorriso)...(sorriso)...

...(Quero-te!)...(Quero-te!)...

Problema de expressão

September 24, 2004

Problema de expressão

Sabem quando nada tem uma ordem? sabem quando nada tem uma lógica?... em que sentimos que algo nos foge das mãos e apenas podemos seguir esse caminho sem opção de precorrer outro trilho?
Não sei porque digo isto aqui, não sei sequer porque penso nisto. Mas penso.
Fazendo plágio de alguem: (cujo coração está preso a mim), sem-querer-penso.
Não sei se tudo o que sinto vai ter uma força tao fugaz que me vai escapar ao controle, não sei se vou dominar tal força, nao sei se não vou ser eu a ser dominado por ela...
As dúvidas prevalecem no meu tempo e no meu espaço, mas sei que quando nao penso respiro e sinto o aroma, gosto do sabor, gosto do fluir do sangue, gosto de sentir que eu tenho existência e tenho mais do que um sentido humano.
Sinto-me mais do que um corpo, como se fosse apenas uma particula á deriva no universo que deseja ser iluminada por um raio, que á velocidade da luz inspira uma sensação única... as sensações não se descrevem... queria que vocês a sentissem... queria partilhar tudo isto com vocês...
Sei que as palavras têm um poder especial, mas neste momento gostava de não as encaixar numa ordem, até porque nao a encontro:

Medosorrissotusangueexplosãoeugritodesejoforçatravãoracionalidade
sonocansaçosentimento desordemarnóssuspeitacasoespaço
segurançaintensidadevocêstoquedoceferidapodervazio preenchido

problema de expressão

September 23, 2004

DEVORAVA-ME, com a lentidão suplicante de quem conhece, um a um, os passos seguintes de cada momento de prazer. Controlava-me a impaciência, refreava-me os instintos, ensinava-me, uma após outra, as técnicas possíveis do prazer e insinuava, esperando que eu tomasse a iniciativa, as que a minha fantasia fosse capaz de imaginar. Assim, dava-me a ilusão de que eu comandava tudo, e a simulação da sua surpresa era para mim um estímulo e uma recompensa. Quero eu dizer que me obrigava a pensar as fontes e os mecanismos do prazer e ensinou-me a planear o jogo incrivelmente excitante da sedução e da conquista do corpo: percebi que me internava num território imenso, sobre o qual se desenrolavam aventuras que nenhum escritor (sobretudo, nenhum escritor) seria capaz de descrever. Mas em breve compreendi que, mesmo que ela não quisesse, eu seria sempre visto como uma das suas conquistas: ela devia ter quase cinquenta anos, eu pouco mais de vinte.



António Mega Ferreira (1949)

Amor

September 21, 2004

The Red Light

Posted by Hello